
Que significado e importância teve para ti a chamada ao CNT Paredes?
Para mim, a chamada ao CNT Paredes foi, sem dúvida, muito importante. É uma grande oportunidade que me está a ser dada para eu melhorar, quer como jogador quer como pessoa, e eu só tenho que a aproveitar.
Ao cabo de cerca de dois meses, como defines a experiência que estás a viver? Em que principais aspectos sentes que estás a evoluir como jogador?
Óptima! É uma experiência pela qual nunca tinha passado antes e até agora estou a adorar. No entanto, estar fora de casa durante a semana por vezes é duro. Como jogador, penso estar a evoluir em todas as vertentes, desde a psicológica à técnico-táctica.
Que principais diferenças reconheces entre o trabalho num clube e num CNT? Para que melhor se percebam essas diferenças, por favor dá-nos conta de como é um dia teu no CNT, de preferência daqueles mais preenchidos.
No CNT trabalho durante mais horas e faço-o com muita intensidade, porque trabalho com os melhores jogadores do país. Logo, há uma maior competitividade e todos lutam pelo seu lugar na equipa. Temos que estar de corpo e alma em cada treino e não há muito espaço para descuidos. Faço também musculação duma forma mais pesada. No clube eu tento trabalhar da mesma forma com que faço no CNT, por isso não se pode dizer que num ou noutro sítio se trabalha melhor, mas se eu me empenhar nos dois, então sei que estou a evoluir como pretendo. Um dia como o da passada quinta-feira é um dos mais preenchidos que costumo ter. Acordei às sete e meia, tomei o pequeno-almoço e fui para as aulas. Depois, à tarde, tive quarenta e cinco minutos de musculação e fui logo de seguida para o treino, que durou duas horas e meia. A seguir fui jantar e depois voltei para o hotel. Tivemos que nos deitar cedo porque no dia seguinte íamos acordar às seis da manhã para treinar. Por semana tenho sempre um ou dois dias tão preenchidos como este. No CNT estamos a disputar o Campeonato Distrital de Sub-20 do Porto e temos um ou dois jogos por semana, que normalmente são à terça, quarta ou quinta.
No clube estás a jogar por Sub-16 e Sub-18. Como encaraste a subida de escalão? Reconheces, para ti e outros companheiros nas mesmas circunstâncias, importância no facto de fazerem os dois campeonatos?
Encaro com alguma naturalidade, visto haver poucos jogadores com idade júnior no plantel. Ao mesmo tempo, serve também de incentivo. É importante jogarmos num escalão superior porque jogar com jogadores mais velhos e mais experientes é sempre uma mais-valia e, para além disso, ficamos melhor preparados para os jogos de Sub-16.
Que objectivos estabeleces para cada uma das equipas? Como os relacionas com a parte da primeira fase já disputada?
Para as duas equipas traço objectivos algo distintos. Nos Sub-16, o objectivo é ir ao “Nacional” e, aí, dar e fazer o nosso melhor, e se o nosso melhor for um lugar na “Final Four”… Na equipa de Sub-18, o nosso grande objectivo é chegar ao Campeonato Nacional, ou seja, ficar nos dois primeiros lugares em Coimbra. Estamos no bom caminho para cumprir os nosso objectivos, pois nos Sub-16 estamos imbatíveis, com seis vitórias, e nos Sub-18 temos já assegurada a presença na “Final Four” distrital, com uma derrota e cinco vitórias em seis jogos.
A equipa de Sub-16 está no bom caminho para trazer a "Final Four" para o nosso pavilhão. Que importância atribuis à concretização desse objectivo?
Será importante se o conseguirmos, porque é muito mais motivante jogarmos com “casa cheia” e com o público a nosso favor. No entanto temos que nos concentrar como em qualquer outro jogo, porque é destes resultados que fica dependente a nossa passagem ao “Nacional”.
Participaste recentemente no estágio da Selecção Distrital. Como correu? À distância de cinco meses em relação ao "Inter-Selecções", que objectivos apontas para a Selecção Distrital de Sub-16 Masculinos?
O estágio correu bem e sem dúvida que a participação na Selecção Distrital é uma das minhas metas para esta época. Quanto a objectivos, ainda não os posso dizer porque não conheço muito bem o nível das outras equipas e, nestas coisas, pode sempre haver surpresas.
Agora com maior distância, pelo menos durante a semana, como analisas o trabalho que está a ser feito na PT? E como sentes que as pessoas de fora do clube, nomeadamente aquelas com quem trabalhas no CNT, olham para esse trabalho?
A PT tem feito o excelente trabalho a que já nos habituou. No CNT Paredes não conhecem muito bem o trabalho que se tem feito por cá, mas sabem que é da PT que têm saído os jogadores conimbricenses para os CNT’s e selecções.
"Aquilo que aprendes depois do que já aprendeste é o que tem mais valor." Como comentas esta frase de Jonh Wooden?
A aprendizagem é um ciclo constante e eu não me posso contentar por aprender uma coisa, devo é tentar aprender mais e mais, porque os bons jogadores estão sempre a aprender. Ou seja, é preciso ter humildade.
Apesar da tua juventude já atingiste um patamar para o qual os mais jovens olham. Nesse contexto, que mensagem gostarias de lhes deixar? E de uma forma geral para os visitantes do blogue?
Continuem a trabalhar, tenham paciência, e os resultados hão-de aparecer. O trabalho, quando é bem feito, demora a dar frutos. Acreditem! Para os visitantes do blogue, espero que o continuem a visitar e desloquem-se ao nosso pavilhão para ver os nossos jogos.
2 comentários:
Boa entrevista.
Boa Bruno. Um abraço
José Pedro
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