
Quando a lagarta, tornada crisálida, conclui praticamente a sua transformação em lepidóptero, resta-lhe passar uma prova para se tornar verdadeiramente borboleta. Tem de conseguir romper o casulo no seio do qual se operou a transformação, a fim de se libertar dele e iniciar o seu voo.
Se a lagarta teceu o seu casulo pouco a pouco, progressivamente, a futura borboleta em compensação não pode libertar-se dele da mesma forma. Desta vez tem de congregar força suficiente nas asas para conseguir romper, de uma assentada, a sua gola de seda.
É, precisamente, graças a esta última prova e à força que ela exige que a borboleta acumule nas suas jovens asas, que esta desenvolve a musculatura de que terá necessidade, depois, para voar.

Quem ignorar este dado importante e, imaginando “ajudar” uma borboleta a nascer, romper o casulo em seu lugar, assistirá ao nascimento de um lepidóptero totalmente incapaz de voar. Esta não terá conseguido utilizar a resistência da sua sedosa prisão para construir a força de que teria necessidade para se lançar, seguidamente, no céu.
Poderemos, assim, concluir que:

- Uma ajuda mal inspirada pode assim revelar-se prejudicial e por vezes mortal.
- Um desafio no momento certo pode fortalecer-nos para o resto da vida.
Dedicado a todos os nossos atletas e seus treinadores... Parabéns!
...e continuação de novos desafios!
FonteClerc, Oliver (2005). A rã que não sabia que tinha sido cozida e outras lições de vida. Mem-Martins: Publicações Europa-America.
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