.

quarta-feira, julho 18, 2007

O Jogador Inteligente…

Trazia recentemente um Semanário local um artigo sobre o Campo de Treino levado a cabo pela ABC, campo esse que teve uma adesão significativamente elevada de jovens praticantes da modalidade ( cito )

Referia o mesmo Semanário que, uma dos conteúdos abordados teria sido o conceito do Jogador Inteligente ou do basquetebol inteligente (fiquei com dúvidas sobre o termo usado ) o que me parece uma Ideia Boa tendo em conta o desenvolvimento das competências individuais destes jovens atletas.

Independente de ser um termo ou outro apenas uma dúvida mantenho. Será o basquetebol um jogo para Inteligentes ou apenas os jogadores devem ser Inteligentes?

Caso seja verdade apenas a segunda premissa outra questão então devo colocar!

E os restantes actores com participação activa no processo desportivo? Será que também não devem ser Inteligentes ou apenas este adjectivo deve ser “obrigatório “ para os Jogadores ?

Será que os treinadores não devem ser Inteligentes também? E os DTD? E os Dirigentes ? E os árbitros? Ou será que todos estes intervenientes já são Inteligentes apenas porque não pertencem ao que vulgarmente se chama de atletas?

Tenho Ideia que não e assumindo que o que estava em causa não era o Conceito do Jogador Inteligente mas sim o Conceito do Actor (enquanto elemento participativo no fenómeno desportivo, neste caso o basquetebol) Inteligente penso ser este um tema a discutir pelos agentes que intervêm na organização desportiva.

Seguramente que as responsabilidades são diferentes consoante o campo de intervenção de cada um destes actores mas estou certo que, se todos forem mais inteligentes o produto final desta conjugação de esforços será certamente melhor.

E como aferir então o grau de Inteligência destes actores?

Difícil…certamente e mais difícil será quando a análise final raramente é feita..e mais difícil continuará a ser se o resultado final não for comparado com o objectivo inicial.

Mas será que esta análise ( desportiva ) deve ser feita pelos Jogadores, pelos Treinadores, pelos árbitros?
Seguramente que sim ( quanto mais não seja a titulo individual ) mas deverá ser sempre executada por quem Dirige, por quem teve a responsabilidade de elaborar/participar na execução do plano estratégico de desenvolvimento desportivo do Clube sendo que a sua audição deverá ser acompanhada por um elevado espírito critico e não por aquilo que em Portugal se vai usando cada vez menos ( felizmente )ou seja Esta Tudo Bem…Somos Todos Muito Bons.
Mas como analisar a Performance desportiva dentro de um Clube sendo que qualquer Clube é composto por vários elementos reunidos depois ou não em várias equipes.

Existem várias formas de o fazer mas uma delas, pode ser, por exemplo, a avaliação quantitativa das equipes per si comparando depois estes resultados com os resultados Totais que o Clube alcançou durante a época ou seja, distinguir dentro de casa, quais os grupos que mais positivamente contribuíram para os resultados globais, detectando desta forma os chamados pontos frágeis de forma e torna-los em pontos menos frágeis contribuindo assim para o que vulgarmente se chama “ Ganhos de Produtividade “ e consequente desenvolvimento desportivo da Instituição.

Seguramente que podem existir outras fórmulas ( todas validas e todos tão correctas como a que acabei de descrever)

Mas, a quem compete analisar a Performance desportiva de um Clube Desportivo?

Apenas e só a quem tem por obrigação olhar para o Clube como um Todo e não ver o clube apenas pela equipe que tem/teve à sua responsabilidade ou seja, ao DTD, que deve ser o responsável pela elaboração do plano anual de desenvolvimento estratégico, pelo seu acompanhamento e pela sua analise final. ( sim porque isto de ter um titulo também deve dar algum trabalho ) não se limitando nunca a ser apenas alguém que define o horário dos treinos, a sua distribuição semanal, a definição do corpo técnico, a implementação de um modelo de jogo etc..etc….( seria muito fácil mas também bastante monótono se a isto se limitasse a função de um DTD.
De resto como seria possível fazer desenvolver instituições se não conseguimos saber onde estão os seus “Pontos Fracos” ?

Porque a lenga lenga…já vai longa…voltarei a este tema em Post próprio para o efeito ok ?

Abraço

F