O Minibasquete para mim poderia ser chamado de "Futurobasquete". Porquê?
Durante vários anos, e com enorme prazer, trabalhei como treinador neste escalão. Mais tarde comecei a treinar Iniciados e a época passada acabei por treinar Cadetes.
De todos os escalões de que fui treinador o mais importante foi o Minibasquete e não se pense que foi pela minha capacidade de intervenção como treinador na evolução dos atletas, mas sim pela importância que reconheço ao trabalho que todos lá faziamos!
Para mim o Minibasquete tem duas funções FUNDAMENTAIS na organização de um clube:
1- Captação do maior número possível de crianças para a prática do basquetebol. Fracos ou muito bons, altos ou baixos, gordos ou magros, todos são importantes e úteis! O essencial é serem muitos e que gostem de "bater com a bola no chão e lançar ao cesto"! São estas crianças que vão ser o futuro do clube e que têm de ser acarinhadas.
Quando se falha no recrutamento de jogadores a este nível então, salvo algum milagre, o clube pode-se preparar para ter más equipas de Iniciados, Cadetes,... E equipas fracas originam desmotivação quer para dirigentes, quer para treinadores ou jogadores, podendo ser o principio do fim... É por esta razão que quando vou a um pavilhão e vejo equipas de crianças com poucos jogadores acho que o clube em causa está em decrescendo...
A imagem que eu gosto de ver no "futurobasquete" é a de muitos "putos" a correrem e a sorrirem! Só isto!
2 - Formação de enquadramento humano. O Minibasquete (à excepção da figura do coordenador) deve ser constituído por treinadores jovens com potencial para orientarem equipas mais velhas a curto/médio prazo. Quando, por qualquer motivo, se chega à conclusão que o treinador não tem perfil para evoluir, aprender e vir a treinar outros escalões então este deve ser convidado a sair ou colocado noutras funções. Treinador de Minibasquete tem que ser "futurotreinador" para que possa suprir carências futuras do clube, de outra forma não faz sentido o investimento a fazer nele!
Paralelamente seccionistas e dirigentes devem começar a ser recrutados nesta fase, para que quando a equipa subir de escalão a possam acompanhar, já com noções nesta área.
Agora reparem no que vamos ter ao fim de algum tempo se conseguirmos cumprir estes dois pontos: jogadores, treinador e seccionista! Uma verdadeira equipa capaz de trazer motivação e muita alegria a todos os elementos que compõem um clube...
Não tenho dúvidas que o Minibasquete é o alicerce de qualquer clube com ambição, por isso há que não esquecer que sem "futurobasquetebol" não há basquetebol de qualidade, por isso há que apostar nele!
Durante vários anos, e com enorme prazer, trabalhei como treinador neste escalão. Mais tarde comecei a treinar Iniciados e a época passada acabei por treinar Cadetes.
De todos os escalões de que fui treinador o mais importante foi o Minibasquete e não se pense que foi pela minha capacidade de intervenção como treinador na evolução dos atletas, mas sim pela importância que reconheço ao trabalho que todos lá faziamos!
Para mim o Minibasquete tem duas funções FUNDAMENTAIS na organização de um clube:
1- Captação do maior número possível de crianças para a prática do basquetebol. Fracos ou muito bons, altos ou baixos, gordos ou magros, todos são importantes e úteis! O essencial é serem muitos e que gostem de "bater com a bola no chão e lançar ao cesto"! São estas crianças que vão ser o futuro do clube e que têm de ser acarinhadas.
Quando se falha no recrutamento de jogadores a este nível então, salvo algum milagre, o clube pode-se preparar para ter más equipas de Iniciados, Cadetes,... E equipas fracas originam desmotivação quer para dirigentes, quer para treinadores ou jogadores, podendo ser o principio do fim... É por esta razão que quando vou a um pavilhão e vejo equipas de crianças com poucos jogadores acho que o clube em causa está em decrescendo...
A imagem que eu gosto de ver no "futurobasquete" é a de muitos "putos" a correrem e a sorrirem! Só isto!
2 - Formação de enquadramento humano. O Minibasquete (à excepção da figura do coordenador) deve ser constituído por treinadores jovens com potencial para orientarem equipas mais velhas a curto/médio prazo. Quando, por qualquer motivo, se chega à conclusão que o treinador não tem perfil para evoluir, aprender e vir a treinar outros escalões então este deve ser convidado a sair ou colocado noutras funções. Treinador de Minibasquete tem que ser "futurotreinador" para que possa suprir carências futuras do clube, de outra forma não faz sentido o investimento a fazer nele!
Paralelamente seccionistas e dirigentes devem começar a ser recrutados nesta fase, para que quando a equipa subir de escalão a possam acompanhar, já com noções nesta área.
Agora reparem no que vamos ter ao fim de algum tempo se conseguirmos cumprir estes dois pontos: jogadores, treinador e seccionista! Uma verdadeira equipa capaz de trazer motivação e muita alegria a todos os elementos que compõem um clube...
Não tenho dúvidas que o Minibasquete é o alicerce de qualquer clube com ambição, por isso há que não esquecer que sem "futurobasquetebol" não há basquetebol de qualidade, por isso há que apostar nele!
10 comentários:
Acrescento algo que me parece estar implícito, mas que frequentemente vejo treinadores esquecerem, até na concepção do treino. É preciso que os "miúdos" andem no basquete alegres e entusiasmados. TODOS! É diferente ir-se treinar porque é dia de treino ou ir treinar porque se gosta do treino e porque se gosta de estar com a equipa, os companheiros, o treinador, etc; é diferente ir-se treinar porque se não se for não se é convocado ou ir-se treinar porque se gosta do treino e se sabe que é nele que se evolui para se poder jogar melhor.
Enquanto não se perceberem estas e outras diferenças, nomeadamente ao nível da concepção do próprio treino, repito, não estaremos a ganhar "miúdos" para a modalidade, ainda que alguns continuem a "andar lá"...
No Minibasquete o objectivo maior deve ser que os filhos peçam aos pais para ir ao treino! Se o clube conseguir que isso aconteça então já está a ser feito trabalho para muitos anos!
Concordo! O minibasquete é o futuro..
Este ano ainda não (devido ao pouco tempo que tenho disponível por causa dos estudos e outras coisas...), mas no próximo ano, gostava de começar a ser um desses possíveis "futurostreinadores"!
Quem sabe o que o futuro dirá..=)
Treino de Minis: 2 filas, estiramentos, jogo... Acabou o futuro...
Experimentem pôr os "miúdos" a brincar e a aprender em simultâneo e depois digam se resulta ou não... Assim, com os treinos "formais" que frequentemente vejo fazer, duvido que eles queiram chegar a Iniciados, quanto mais a Cadetes e por aí adiante... Se os números dissessem que os atletas que "andam" nos Minis chegavam todos a Iniciados, ou pelo menos a maior parte, eu calava-me...
então calate
Caro anónimo das 21:14 compreendo o que quer dizer...
Talvez seja esse o erro mais frequente que vejo em treinos deste escalão! Os miúdos gostam de jogar playstation contra os colegas porque podem ganhar e perder, há um desafio constante, pelo menos contra os seus próprios recordes.É isso que os diverte! Ora quando se transportam jogos para o campo damos a capacidade aos miúdos de ganharem/perderem e se desafiarem. Damos oportunidade a que se divirtam!
Minibasquete, a nivel de treino, não pode ser uma fotocópia reduzida do basquetebol!
Caro colega anónimo das 22:24, eu bem queria calar-me mas não consigo...
Caro Tiago, cem por cento de acordo. No treino, os pequenos jogos e o estabelecimento de objectivos pontuais e parcelares são fundamentais. Uns de uma forma puramente lúdica; outros de uma forma mais "séria" (a concentração também é uma das pechas do nosso basquete - alternar, rapidamente, momentos de diversão com momentos de grande concentração é um óptimo exercício para os "miúdos").
A propósito de ganhar e perder. Há tempos uma notícia fantástica, que os telejornais divulgaram insistentemente, dava conta da existência de um menino prodígio do xadrez, inglês, com apenas cinco anos. Perguntaram-lhe: o que é que gostas mais no xadrez? Resposta pronta: o que gosto mais é quando ganho! Então e quando perdes?, insistiu a jornalista. Quando perco o que mais quero é jogar contra o mesmo adversário para lhe poder ganhar.
Aqui, no nosso basquete, é frequente os nossos miúdos ouvirem dizer, desde pequeninos, que ganhar não é importante...
Temos que gerir muito bem este caminho direccionado para a vitória? Claro que temos, aí estamos de acordo. Mas por favor deixem de dizer aos jogadores que ganhar não é importante!
É gritante, por exemplo, a falta de ambição com que as selecções de Coimbra entram em campo. E estamos a falar dos jogadores do distrito com mais elevado potencial. Não será legítimo que os "melhores" jogadores do nosso distrito sejam motivados e trabalhem para ganhar? Gostem de ganhar? QUEIRAM GANHAR?
PS: Tiago, continua com estes interessantes posts que suscitam a reflexão, ainda que anónima (como diz o amigo San Payo Araújo "devemos concentrar-nos mais naquilo que ouvimos ou lemos do que em quem o diz ou escreve"). Alguma mudança de mentalidades tem de começar no plano teórico, transposta rapidamente para a prática...
Em relação à problemática do "ganhar" em escalões de formação hei-de dedicar um "post" só a esse aspecto! Não é algo que consiga falar em meia dúzia de linhas...
Tenho o maior prazer em que continue a comentar os meus posts de 4ªfeira. Discutirei amigavelmente, sempre que possivel todas as sugestões e críticas dos anónimos, desde de que o façam de uma forma civilizada, obviamente!
Essa dos post de 4ª feira tem piada.
Boa Tiago
Parabéns Tiago, sempre oportuno nas tuas intervenções.
José Pedro
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