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quarta-feira, maio 28, 2008

Crónica das quartas

O basquetebol e a escola (parte 2)

Hoje é amplamente aceite que a prática de desporto ajuda o desenvolvimento correcto e salutar de um jovem (pelo menos enquanto não se processar em bases excessivamente profissionais, mas isso seria assunto para um post inteiro).

Assim, tenho dificuldades em compreender os castigos que implicam faltar a treinos e/ou jogos. Percebo que os pais tenham necessidade de compensar ou castigar os filhos de acordo com o seu comportamento escolar. O que me causa cepticismo é que o castigo implique o absentismo em relação a uma actividade benéfica para o desenvolvimento da criança.

Não se estará a castigar um insucesso/mau comportamento com um erro?
Não se estará a optar pelo castigo mais fácil de controlar e de fazer cumprir, optando pela situação mais fácil?
Não haverá outras formas de interagir com as crianças?

Posso vir a mudar de opinião mas, por enquanto, quero acreditar que existem outras opções que não passem por privar os jovens de uma actividade que lhes é benéfica.

5 comentários:

Anónimo disse...

Talvez quando fores pai e te depares com a falta de tempo para estares com o teu filho, fruto da estupida vida que hoje em dia levamos, percebas que ás vezes a unica forma de conseguirmos controlar o insucesso escolar, é privar os nossos filhos (que tanto amamos) daquilo que mais gostam e lhes faz bem. Não é a atitude correcta, tens razão, mas dadas as circunstancias da vida ás vezes para grandes males, garndes remédios.
Continuo a dizer que tens razão.
Pois gostava de ter tempo para estar com o meu filho a estudar, para ele melhorar as notas, gostava de ter tempo para ir ver todos os treinos dele, gostava de poder ter tempo para estar mais tempo com ele.
Desculpa o desabafo, Tiago.

Tiago Órfão disse...

Temo que tenha muita razão.

Um dia destes fui estudar para a Faculdade de Economia. Estava lá um cartaz de uma conferência em que o tema era qualquer coisa como a relação entre o vida económica contemporânea e as doenças psiquiátricas, nomeadamente as depressões (um dos oradores era o Prof. Vaz Serra-Psiquiatra). Achei que fazia todo o sentido! Tive vontade de ir mas, ironicamente, não tive tempo...

A "forma como vivemos" é cada vez mais exigente mas, mesmo que seja muito árduo, não nos podemos esquecer que o caminho mais fácil, às vezes, é aquele que tem mais obstáculos e que acaba por se tornar mais complicado...

Eu compreendo perfeitamente que não seja fácil, mas desistir é para os fracos!

Anónimo disse...

eu não desisti, nem me considero fraco, por isso fiz o comentário. Caso contrário nem me tinha dado ao trabalho.
Continuo a dizer que o que o Tiago escreveu está correcto.
Mas também sei que os tempos actuais não estão nada fáceis... e todos, mas todos sofrem com isso. Não pense que a mim como pai me agrada não conseguir ter mais tempo para estar com o meu filho...

Continuação de boas crónicas.

Tiago Órfão disse...

Fiz o comentário como tentativa de estímulo para enfrentar as dificuldades diárias que certamente enfrentará!Espero que não o tenha entendido como uma crítica porque não foi essa, de todo, a minha intenção.

Obrigado por ler as minhas crónicas e espero que continue a comentar. Comentérios/críticas como as suas são sempre bem vindas!

Anónimo disse...

Obrigado Tiago, pelo apoio.
Sempre que achar oportuno, comentarei as suas crónicas.
è optimo poder contar consigo...

Obrigado.