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domingo, maio 04, 2008

Entrevista a Catarina Agreira




1. O que pensas do trabalho realizado pela equipa até ao momento?
Desde o início desta época até ao presente momento a equipa tem apresentado inconstâncias relativas a o trabalho que realiza, demonstrando poucas vezes a total capacidade de trabalho que todas nós sabemos ter. De um modo ou de outro, conseguimos chegar (actualmente) a um 3º lugar numa Taça Nacional que, se aplicarmos toda a nossa convicção e o que temos vindo a trabalhar desde o início desta época, conseguiremos transformar, arduamente, em algo mais.


2. Com algumas oscilações, a equipa nem sempre mostra muita consistência. Quando o resultado não nos é favorável, acreditas até ao fim que a equipa conseguirá dar a volta? E a equipa em geral?
Acredito em nós e no trabalho que realizamos nos treinos enquanto equipa. Acredito que somos capazes de superar as dificuldades que nos criam, e espero sempre que consigamos demonstrá-lo no marcador e no desempenho dentro de campo. Essa mesma falada “pouca consistência” cria-nos, como é óbvio, obstáculos no caminho dos objectivos que perseguimos. Acredito também que a equipa se deixa por vezes vencer quando se vê rodeada de “complicações” causadas pela outra equipa, mas que no geral procura sempre ultrapassar isso e demonstrar a nossa garra.


3. Com ainda três jogos para disputar, achas possível obter melhor classificação do que na passada época (3º lugar do grupo na taça), passando à próxima fase?
Mais uma vez, tudo depende da nossa capacidade de aplicar em jogo o que trabalhamos repetidamente nos treinos e da nossa convicção na vitória. É importante que acreditemos que somos capazes de vencer (e sem sombra de dúvida alguma que sim, somos capazes!). Temos de entrar em campo concentradas e confiantes nas nossas capacidades enquanto equipa e enquanto jogadoras. Desejo – como seria de esperar, tendo participado na equipa que na passada época se classificou em 3º do grupo na Taça – obter uma melhor classificação e passar à seguinte fase, e, como já acima referi, acredito que somos capazes de o fazer.


4. Dois dos jogos que faltam são contra equipas que venceram na PT (GRIB e Leça). Como achas que a equipa irá encarar esses jogos? Consideras alguma equipa favorita?
Existe na equipa o esperado nervosismo e ansiedade relativos a este tipo de jogos, onde sabemos que enfrentaremos jogadoras com capacidades técnicas individuais muito boas e nos quais sabemos que teremos de aplicar toda a nossa vontade de ganhar. O Brandoense será, muito provavelmente, a equipa que nos criará mais dificuldades. Do jogo com o Leça espero muito suor e muita luta da nossa parte (o mesmo sendo esperado de todos os outros jogos), e espero sinceramente que possamos trazer uma vitória para casa.



5. Todos gostamos de ganhar. Para ti os "títulos" são o mais importante? O que achas da "vitória"?
É importante ganhar. Não só é uma forma de motivação para a equipa, bem como a doce recompensa do esforço e do trabalho. Isso sim é o mais importante; sentir que o nosso trabalho é reconhecido, fazendo algo de que todos gostamos, quer essa recompensa venha sob a forma de títulos ou vitórias. A vitória deve ser festejada, tendo sempre em vista que para ganharmos alguém teve de perder, entrando aí o espírito da cooperação desportiva.

6. Completas o tua 3ª época na PT e como jogadora de basquetebol, quais foram as pessoas que mais te marcaram (ainda marcam)? A nível do basquetebol na PT, tens algum jogador "preferido" ou que sigas com admiração como uma meta onde gostarias de chegar? E no basquetebol ao mais alto nível?
Quando entramos para este “mundo do basquetebol”, é normal conhecermos pessoas, que por um ou outro motivo, nos marcaram ou que nos ficam na memória enquanto peças cruciais da nossa evolução. Dentro desse grupo de pessoas, posso destacar as minhas colegas de equipa, sempre associadas ao espírito exultante da vitória ou da tristeza e frustração da derrota, mas indubitavelmente uma base de apoio. Os nossos treinadores, antigos ou recentes, recordamos cada um deles por nos terem ensinado algo de especial, e nos terem feito sempre ir mais longe no sentido de nos obrigar a trabalhar para “sermos melhores que nós mesmos”, como costuma dizer o Sr. Moura. Não posso deixar passar em branco também os nossos sempre presentes seccionista e director, a D. Adelaide e o Sr. Pedro, respectivamente. Eles estiveram sempre connosco e acompanham com especial afinco todas nós e a equipa ao longo de toda a época. Claro que existem sempre aqueles jogadores que seguimos e admiramos, mas não há nenhum em particular que gostasse de destacar.

7. Gostarias de deixar alguma mensagem à equipa, ou à família PT em geral?
Gostaria de agradecer pelo apoio que sumárias pessoas nos tentam prestar, e também de apelar a que visitassem o nosso pavilhão e viessem apoiar as nossas equipas! Queremos ouvir gritos de apoio e incentivo e encher as bancadas do nosso pavilhão! Queremos ouvir cânticos de “Força PT! Força Meninas!”

Entrevista à atleta sub-16 Catarina Agreira.

3 comentários:

BasquetebolPTCoimbra disse...

Grande entrevista.
Boa Cat!

José Pedro disse...

Parabéns Catarina, excelente entrevista. Pela minha parte não tens que agradecer, a nossa obrigação é mesmo acompanhar-vos e tentar ajudar sempre que vocês precisam. A prova de que o empenhamento e o esforço colectivo compensa tiveram-na vocês ontem em Paços de Brandão. Aproveito para dar os parabéns a todas pela vossa atitude e empenho, mostraram que são e sabem ser umas guerreiras, no bom sentido, e apesar da derrota provaram que são uma equipa. Um beijo a todas e um especial para ti.

Anónimo disse...

Uma óptima entrevista. Traduz sinceridade e um sentido critico altamente positivo.
Da minha parte, garanto que vou tentar encontrar resposta para as criticas devidamente enunciadas.

Um Abraço para a entrevistada.

Moura Távora