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quarta-feira, maio 21, 2008

“com trabalho pode-se chegar muito longe”

Começou, aos sete anos, no minibasquete da Académica. No segundo ano de iniciado transita para o Clube PT. Participou em diversas selecções distritais. Representou Portugal nos Torneios Internacionais da Amadora e de Faro. Para além de jogar pelo Clube PT, está no Centro Nacional de Treino de Paredes (Porto). É o MVP da Semana.


Bruno Cunha
(atleta internacional do Clube PT)

Diário de Coimbra (DC) – Porque escolheu o basquetebol?
Bruno Cunha (BC) – Escolhi o basquetebol porque é uma modalidade que, desde muito novo, comecei a ver e a jogar. Tinha experimentado a Natação, o Ténis e, ainda treinei futebol, no entanto, aos sete anos, comecei no minibasquete e nunca mais saí. O meu pai, antigo atleta e treinador, é que me levou ao primeiro treino.

DC – Estáno Centro Nacional de Treino de Paredes. Como é o seu dia-a-dia?
BC – Levantamo-nos às sete e meia e vamos tomar o pequeno almoço. As aulas, numa escola pública em Paredes, começam às oito e vinte. Almoçamos lá. Se não tivermos aulas de tarde, fazemos um treino de musculação de quarenta e cinco minutos, seguido de um treino normal de duas horas. Quando acaba o treino, jantamos e vamos para o hotel, aí ainda estudamos um pouco e temos algum tempo livre antes de irmos dormir. Quando fui para lá, já conhecia o Nuno do Ginásio, o António Pereira que está no FC Porto e conhecia outros atletas de estágios da selecção. À sexta-feira, como vimos a casa, levantamo-nos às seis horas, comemos um queque, vamos treinar e depois aulas. Apanho o comboio e chego a Coimbra por volta das 16 horas. Descanso um pouco em casa e vou treinar no Clube PT à noite. Domingo à noite volto para lá.

DC – Sente que está a evoluir nessa experiência?
BC – Claramente que sim, até como pessoa. É difícil uma pessoa estar fora de casa, tanto mais com a minha idade. Continua a ser complicado estar longe da família e isso tem ajudado a evoluir como pessoa. Tenho tido um apoio fundamental da minha família. Às vezes chego, por este ou por outro motivo, desanimado e sinto de imediato o seu apoio.

DC – Que sentiu quando apareceeu na primeira convocatória para a Selecção Nacional de Sub-16 anos?
BC
– Fiquei muito contente. Foi um prémio pelo trabalho que tenho feito desde os sete anos. A partir daí, comecei a encarar outros objectivos superiores aos que tinha tido até então.

DC – Até onde quer chegar no basquetebol?
BC – Quero chegar o mais longe possível, tanto no presente, como no futuro. Agora quero, este verão, jogar no campeonato europeu, na Bósnia. Estou a trabalhar, como até agora, para atingir esse objectivo. No futuro, quero jogar numa liga muito forte que, se puder ser no estrangeiro, tanto melhor.

DC – Que treinadores o marcaram mais nesta sua ainda curta carreira?
BC
– Todos os treinadores foram importantes. O actual, Rui Dengucho, foi com ele que pela primeira vez fui à selecção. Tiago Órfão, Jota, João Cortez Vaz, Hernâni Folgado, João Matos, o meu pai, Miguel Cunha, todos eles me ensinaram muito. No CNT tenho o Rui Alves, sabe muito de basquete, o António Mirra, o José Manuel tem, igualmente, ensinado muito.

DC – Melhor momento que viveu no basquetebol
BC – Foi quando representei a selecção nacional. A primeira vez que joguei como cadete no Clube PT no Campeonato Nacional. No início era um desconhecido e depois os jogos começaram a correr-me muito bem.

DC – Que mensagem quer deixar para os outros jovens?
BC
– O importante é que cada um sonhe e consiga concretizar esse mesmo sonho. Muita motivação e que encarem cada treino, assim, a pensar no que se quer, trabalhando sempre muito, pois, tudo é possível. Com trabalho pode-se chegar muito longe.


Um agradecimento especial a Carlos Gonçalves que nos enviou esta entrevista do Bruno

5 comentários:

Anónimo disse...

És o maior bruno.
Gonçalo Filipe

Tiago Órfão disse...

Boa Bruno!

Anónimo disse...

grande bruno .
campeao.

Anónimo disse...

As minhs felicitações pelo trabalho e disponibilidade demonstradas.
Moura Távora

José Pedro disse...

Parabéns Bruno, hoje és atleta e estudante, amanhã serás aquilo que o teu percurso pessoal ditar. Não percas as referências que te fizeram crescer e acreditar que podes ser um homem de futuro, não embarques em aventuras e verás que o trabalho compensa.
Um abraço